6 de maio de 2013

Do casulo ao movimento: a suspensão das certezas na educação bilíngue e intercultural

Não que a escola brasileira tenha, alguma vez, sido homogênea. Mas, decorrente do aumento de fluxos migratórios e de políticas que acabam resultando em uma "democratização" da escola enquanto instituição, o fato é que a inclusão do "diferente" está cada vez mais evidente nas salas de aula brasileiras. Se antes era mais fácil ignorar a diversidade que sempre caracterizou o ambiente educacional no país, hoje, a sua atual amplitude força os pesquisadores e educadores a ter que admiti-la, a ter que colocar a diversidade em sua agenda. Não é mais possível tentar entender nossas escolas sem levar em conta as diferenças no seu interior. E no seu interior existem, inclusive, sujeitos bilíngues, alunos cuja língua materna não é o português: há alunos indígenas, alunos surdos, alunos oriundos de comunidades de imigrantes, entre outros. Quem são esses alunos? Por que pensam e agem do modo como pensam e agem? Como avaliar o seu desempenho nos usos da linguagem quando a língua da escola não é a sua língua de origem?
--- Terezinha Machado Maher

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